domingo, 30 de dezembro de 2012

terça-feira, 27 de novembro de 2012

FUMO DE ROLO






TUDO CARO
O IMPOSTO DO CARRO
INDO PRO CIGARRO
O GOVERNO OPRIME

ESTIMULA O TRÁFICO
E O POEMA QUE SAIRIA DOCE
EXPLODE EM DESAFORO
FLOR DE FÚRIA
CASA DO CARALHO!
A MÁQUINA 
   REDIGE 
A HISTÓRIA
O LÁPIS

  REPRODUZ

   
 PERDE-SE 
            
               PASSA...




FEITO NÓS ESSAS NUVENS

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

ALEGRE DOR ( a Biel Santiago)



MEU FILHO
NÃO TOME PARTIDO
NAS DESAVENÇAS DE SEU PAI

SÃO MEUS AMIGOS
COM QUEM MAIS BRIGO

SÃO MEUS AMORES
QUE CAUSAM MAIS DORES

É VERDADEIRO
EU SOU ENCRENQUEIRO CRIADOR
E A CRIA NASCE DA TRANSA
ALGO QUE ENDOIDOU

A VIDA É DOR
E O AMOR, O AMOR, MEU FILHO:
É UMA ALEGRE DOR

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

TARDINHA
DAQUELA ROSA

SOBRE SOLTA 
PURO OCASO
NO HORIZONTE


O SOL DESCE UM MONTE


CINCO E MEIA DE SAUDOSA TARDE


FAZ UM TEMPO 

QUE ASSOBIA UM VENTO 
QUE SOL DIZ SAUDADE

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

CONFISSÃO DE PRESIDIÁRIO




não vou mudar o mundo
o mundo que se mude

onde razão tem fundo
algo se afoga em gente 

mudo-me mude água inunde

quanto mais livro a frente
menos livre mais doente

por incrível q soe imoral
todo efeito precede a causa
a atitude é escrava do ideal




quinta-feira, 20 de setembro de 2012

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

domingo, 5 de agosto de 2012

ESSAS ESCURIDÕES
SÃO DONS
DÃO QUADROS, POESIA

CANÇÕES...


ESSAS ESCURIDÕES
DESVÃOS DO SER
DÃO ARTE

quarta-feira, 25 de julho de 2012

DESJEJUM

numa breve estiada
a frigideira frita
e permanece o rumor da chuva
nas coisas molhadas

terça-feira, 24 de julho de 2012

guerra é uma questão 


de vida


viver é uma questão


de sorte


azar é saber 
da morte:

essa caveira de palavra

quarta-feira, 4 de abril de 2012




ESSA VIDA RASTEIRA,
COLCHÃO FININHO
ESSE PENDOR A SANTIDADE
ESTA DOR QUE NÃO LARGA, 
NEM DEIXA RONCHAS 
IMENSA SAUDADE DE MAIS TARDE
MEU RESPEITO A LOUCURA
AO IMORAL, A MENDIGUEZ...
FOI DEPOIS  QUE MAÑANEI. 
MAS AGORA SEI:
SÓ POR MEIO DA POESIA

 NÃO SUCUMBIREI

domingo, 1 de abril de 2012

                                           
SOBRE UMA ANTENA
DOIS PARDAIS DESANTENADOS
LITERALMENTE CAGAM NA CABEÇA

DOS ANTENADOS 
PAPEL NO CHÃO MOLHADO
DUBLANDO A COR 
DO CÉU NUBLADO

NAVEGAR

NADA VIL
NA VIDA
VIU NO MAR
vivo por aí, moro no que calço, nos farrapos que me cobrem o corpo. Tenho um sleep bag , ele ocupa os espaços onde repouso. adoro o chão, por isso prefiro os lápis (que ñ secam, mesmo quando escrevo deitado) que parecem comigo: todo risco pode ser apagado. a qualquer momento,o que diz respeito a mim, de mim, pode ser  alterado... não me levo a sério. 

UM VÍCIO TRISTE

A gatinha brinca com a fita
e neste instante elas são toda a beleza da vida!

Fui tomado por uma alegria triste
acho que ela gostou do meu azedume...
Talvez tenha se viciado em meus defeitos.

(a fita encarna o negrume da gatinha)

Essa melancolia ainda sofrerá uma overdose:
Que sou um vício triste

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

SONHETO

Mas logo agora que a poesia existia
 eu invisto nessa pavonice brega;
 simplesmente por sentir no peito dia.

Esse arroubo não se esvai assim que esfrega...

Como aniquilar um sentimento inato,
 - que desde mirim me torna doido aéreo
 ávido pra tingir o branco a jato -
 se não com tais rabiscos etéreos?

E logo agora que a poesia existia
 assim como eu tolo errante romântico
 des-situado inápto aos atos práticos:

Sujeito tal soneto, feito cânticos
 ao léo, num desarmônico sintético
 desabafo que tanto consistia

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PORÕES DA DENTADURA

                             manipulada a mandibula
                      a munheca fica afiada
                      diz-se pelos dedos, cotovelos
                      vida afora, web a dentro

                      palavras - qual tijolos -
                      sobre sentimentos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

RABISCO LISCÉRGICO

Recorri a tecla porque hoje amanheci, Poeta!
ja tava tudo bordado la fora, estampado

esculturado... só anotei.

Eu vi o mundo virar borboleta
pela primeira e última vez!
só anotei.

Com razão nenhuma,
com água na boca
eu vi o céu azular com seus laivos
um sorriso pra mim

NÃO MAIS; AINDA!



deixei a queixa
quase esqueci o motivo da caixa
aumentei a dose prescrita.

 

alguém falou em parada cardíaca,
- Exultei! - do risco que existe...

concluí:
Será melhor morrer feliz
que viver triste

ESCULTURA DE CAEIRO


Estava ali esculpindo um Cavalo na memória.
um Cavalo de culpa.
Numa sensação de angústia e desassossego
mas o Cavalo estava ali inteiro
numa paisagem rara!
O sentimento era meu:
o cavalo simplesmente pastava...

Estava ali esculpindo um Canário na memória
um Canário de dúvidas.
Numa sensação de bagunça e reflexão
mas o Canário estava ali de fato
com sua cor e canção: o questionamento
era pura neurose e caturrice de minha parte

ARRUDEIO

notícias
volta e meia, um espelho:
fumaça careta
caretas, carícias...

aqui tudo policia o que digo
p/ mim que duvidro pelo aposento
ñ me aposentei momento

ainda há livros pra pouco canto.
Livres de q, do p, de quantos?

dum jeito ou douto o outro sente
humanamente servil... assim
como a mais "desumana" gente

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ÍRIS

a terra é o olho marejado
d'um Deus emocionado
deixe a lágrima escorrer sobre teus lábios
pra entender porque o belo provém da dor
e a vida d'um mar salgado

DO BREU



DORMIR A NOITE
SEM NOTAR ESTRELAS
É ESCURIDÃO

O DIA EM QUE FIZEMOS CONTATO

éramos espasmo, indeléveis rimas
naquele campo q inda vimos cedo
 àquele orgasmo que passamos ácido
 na sensação talvez enquanto medo
 pela escassez de um sentimento plácido

ODOR


                                    ESCREVA, EXULTE
       

                                    SE TOQUE, AJEITE
                         PELO CAMINHO DA PALAVRA
      

                               PODE HAVER BORRACHA
                                        
                               MAS Ñ EXISTE SABONETE

terça-feira, 31 de janeiro de 2012


 

QUERO VIVER
ATÉ DEPOIS DA MORTE
PODER DIZER
O QUE QUISER
PARA QUEM LER VER
NEM NORTE