quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

SONHETO

Mas logo agora que a poesia existia
 eu invisto nessa pavonice brega;
 simplesmente por sentir no peito dia.

Esse arroubo não se esvai assim que esfrega...

Como aniquilar um sentimento inato,
 - que desde mirim me torna doido aéreo
 ávido pra tingir o branco a jato -
 se não com tais rabiscos etéreos?

E logo agora que a poesia existia
 assim como eu tolo errante romântico
 des-situado inápto aos atos práticos:

Sujeito tal soneto, feito cânticos
 ao léo, num desarmônico sintético
 desabafo que tanto consistia

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

PORÕES DA DENTADURA

                             manipulada a mandibula
                      a munheca fica afiada
                      diz-se pelos dedos, cotovelos
                      vida afora, web a dentro

                      palavras - qual tijolos -
                      sobre sentimentos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

RABISCO LISCÉRGICO

Recorri a tecla porque hoje amanheci, Poeta!
ja tava tudo bordado la fora, estampado

esculturado... só anotei.

Eu vi o mundo virar borboleta
pela primeira e última vez!
só anotei.

Com razão nenhuma,
com água na boca
eu vi o céu azular com seus laivos
um sorriso pra mim

NÃO MAIS; AINDA!



deixei a queixa
quase esqueci o motivo da caixa
aumentei a dose prescrita.

 

alguém falou em parada cardíaca,
- Exultei! - do risco que existe...

concluí:
Será melhor morrer feliz
que viver triste

ESCULTURA DE CAEIRO


Estava ali esculpindo um Cavalo na memória.
um Cavalo de culpa.
Numa sensação de angústia e desassossego
mas o Cavalo estava ali inteiro
numa paisagem rara!
O sentimento era meu:
o cavalo simplesmente pastava...

Estava ali esculpindo um Canário na memória
um Canário de dúvidas.
Numa sensação de bagunça e reflexão
mas o Canário estava ali de fato
com sua cor e canção: o questionamento
era pura neurose e caturrice de minha parte

ARRUDEIO

notícias
volta e meia, um espelho:
fumaça careta
caretas, carícias...

aqui tudo policia o que digo
p/ mim que duvidro pelo aposento
ñ me aposentei momento

ainda há livros pra pouco canto.
Livres de q, do p, de quantos?

dum jeito ou douto o outro sente
humanamente servil... assim
como a mais "desumana" gente

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

ÍRIS

a terra é o olho marejado
d'um Deus emocionado
deixe a lágrima escorrer sobre teus lábios
pra entender porque o belo provém da dor
e a vida d'um mar salgado

DO BREU



DORMIR A NOITE
SEM NOTAR ESTRELAS
É ESCURIDÃO

O DIA EM QUE FIZEMOS CONTATO

éramos espasmo, indeléveis rimas
naquele campo q inda vimos cedo
 àquele orgasmo que passamos ácido
 na sensação talvez enquanto medo
 pela escassez de um sentimento plácido

ODOR


                                    ESCREVA, EXULTE
       

                                    SE TOQUE, AJEITE
                         PELO CAMINHO DA PALAVRA
      

                               PODE HAVER BORRACHA
                                        
                               MAS Ñ EXISTE SABONETE